Ciro Gomes Abre Possibilidade de Nova Candidatura à Presidência em Visita a Goiânia

Ciro Gomes em Goiânia: Entre críticas à oposição e futuro político incerto

Em Goiânia, Ciro Gomes não confirma e nem descarta candidatura à Presidência

Em passagem por Goiânia para participar do Congresso Nacional de Administração (Conad) nesta sexta-feira (3/10), Ciro Gomes (PDT) admitiu a possibilidade de concorrer à Presidência da República pela quinta vez, mesmo após derrotas consecutivas. Apesar de afirmar que não pretende se lançar candidato, ele ressaltou: “Amanhã, eventualmente, se for minha obrigação, meu dever, posso sim entrar na disputa”.

Durante sua fala à imprensa, antes de palestrar no Sesc Cidadania, Ciro Gomes expressou preocupação com a fragilidade da oposição no cenário político atual. Ele criticou o que chamou de “oposição Bolsonaro-dependente”, referindo-se a um grupo que, segundo ele, permanece atrelado a uma herança política que não se sustenta. “Uma fração da oposição é o que eu chamo de Bolsonaro-dependente, que fica à mercê de uma herança que não é mais política, e sim genética”, declarou.

O ex-ministro também comentou sobre o desempenho eleitoral de 2022, classificando o resultado como “extremamente constrangedor”. Ele lamentou a polarização entre Lula e Bolsonaro e sua votação considerada “pífia” (3,05% dos votos).

Questionado sobre pesquisas recentes que apontam para um possível cenário de segundo turno em 2026, Ciro Gomes evitou detalhar estratégias, mas demonstrou estar atento às movimentações políticas.

Futuro Partidário Incerto

A permanência de Ciro Gomes no PDT é incerta. Nos bastidores, comenta-se sobre a possibilidade de mudança de partido. Ele confirmou ter recebido convites de diversas legendas, incluindo Progressistas, União Brasil (UB) e PSDB, partido com o qual já teve conversas.

Sobre o PSDB, Ciro afirmou ter se afastado da sigla, mas ressaltou a admiração por Tasso Jereissati. “A mim, me parece, que o PSDB se distanciou um pouco da sua concepção original. De toda forma, o que me atrai no grupo é o Tasso Jerissati, que é um velho amigo, um querido, e como eu não tenho pretensão eleitoral, o que me preocupa é que um partido de centro, de centro-esquerda, assuma o quadro brasileiro num momento como o atual, em que a política foi tomada por clientelismo e corrupção institucionalizada”, finalizou.