Câmara de Aparecida de Goiânia planeja concurso público após 14 anos

Câmara de Aparecida de Goiânia

A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia se prepara para lançar um novo concurso público, o primeiro desde 2011, atendendo a uma recomendação do Tribunal de Contas do Município (TCM). A iniciativa, que visa renovar o quadro de servidores efetivos, é vista como um avanço institucional crucial para o Legislativo municipal.

A necessidade do concurso se tornou evidente após um longo período sem novas contratações, mesmo com a mudança de sede da Câmara para dois endereços distintos e a expansão do número de vereadores. Segundo o texto, desde 2011, o poder legislativo operou sem uma renovação significativa de seu quadro efetivo, o que “pode comprometer, em certa medida, a continuidade dos trabalhos administrativos do serviço público”.

O presidente da Câmara, Gilsão Meu Povo (MDB), herdou a orientação do TCM e anunciou a intenção de publicar o edital no segundo semestre de 2025. Ele prometeu um Legislativo mais atuante, e a realização do concurso pode “consolidar essa promessa com a realização de um concurso moderno, amplo e acessível”.

Ainda de acordo com o texto, o concurso de 2011 ofereceu cargos com salários entre R\$ 850,00 e R\$ 2.800,00, valores que precisarão ser atualizados para atrair candidatos qualificados. A reportagem aponta que “é fundamental que o novo edital traga critérios mais atrativos e compatíveis com as exigências técnicas do serviço público atual. Caso contrário, haverá dificuldade para atrair candidatos qualificados e motivados”.

A experiência do concurso de 2011, marcado pela lentidão na convocação dos aprovados – a primeira lista foi chamada apenas em 2013, e a segunda, em 2016 – serve de alerta para a atual gestão. O texto ressalta que garantir “agilidade e transparência na homologação e na convocação dos aprovados será tão importante quanto a realização do concurso em si”.

A realização do concurso representa também uma oportunidade de reduzir a dependência de indicações políticas e cargos comissionados, fortalecendo a estrutura funcional da Câmara com servidores efetivos. “A valorização dos concursados é uma medida essencial para consolidar uma gestão eficiente e ética no Legislativo”, conforme o documento.

Para Gilsão Meu Povo, o concurso deve ser encarado como uma política de Estado, e não apenas de governo, permitindo-lhe “deixar um legado que transcenda seu mandato, reforçando o papel do Legislativo como espaço de representação legítima e eficaz.”