Gustavo Gayer rebate Operação da Polícia Federal e Acusações de Corrupção

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O deputado federal Gustavo Gayer (PL) se manifestou em um vídeo publicado nas redes sociais sobre a operação da Polícia Federal realizada em sua residência às 6h da manhã. Em tom de indignação, ele descreveu a ação como “surreal” e criticou a falta de transparência do processo. “Eu tô a 10 minutos sentado na frente do computador pensando como que eu começo a explicar essa loucura que aconteceu hoje”, disse Gayer logo no início do vídeo.
Segundo Gayer, ele e seu advogado foram mantidos no escuro sobre as acusações, enquanto a imprensa pareceu ter acesso privilegiado. “Aparentemente, eu estou sendo investigado por corrupção, desvio de verba de gabinete, formação de quadrilha…”, relatou. Ele ainda negou qualquer irregularidade, alegando que não houve transferência de dinheiro público para a ONG, uma instituição associada a causas de direita, e afirmou que o conselho atual da entidade é diferente daquele que existia em 2003, ano em que ocorreram supostas irregularidades.
O deputado explicou também que seu escritório político funciona no mesmo endereço onde sua escola de idiomas operava antes da pandemia, mas enfatizou que o local foi adaptado e que a escola passou a ser online. “Aqui é uma escola online. Nunca houve uma aula aqui, nunca entrou nenhum funcionário da escola aqui”, garantiu. Ele convidou jornalistas a visitarem o local para confirmar: “Imprensa de Goiás, do Brasil, pode vir hoje aqui. As portas estão abertas.”
Gayer também rebateu acusações de que teria financiado os atos do dia 8 de janeiro. Ele explicou que o ex-assessor João Paulo, preso por participação nesses eventos, havia sido contratado temporariamente meses depois. “Tão falando que eu financiei o 8 de janeiro depois do 8 de janeiro… é um negócio tão alucinado que eu falei: ‘não, isso aqui não vai dar em nada’”, comentou o parlamentar.
Além disso, Gayer denunciou a apreensão de R$ 72 mil da mãe de um de seus assessores, uma senhora de 73 anos que, segundo ele, guarda dinheiro em casa por não confiar no sistema bancário. “Eles pegaram o dinheiro suado de uma mulher que trabalhou a vida inteira”, afirmou, criticando a narrativa de que o montante seria irregular.
O deputado questionou o timing da operação, realizada apenas dois dias antes das eleições municipais em Goiânia, onde ele apoia o candidato Fred Rodrigues, que lidera as pesquisas. “Curiosamente, eles criaram todo esse malabarismo de narrativa judicial para fazer uma busca e apreensão na minha casa e só fazer manchete. O importante é fazer a manchete”, declarou.
Gayer concluiu seu desabafo pedindo a intervenção de senadores para combater o que chamou de “ditadura” do Supremo Tribunal Federal. “Senadores, façam alguma coisa. Nós, deputados federais, não podemos agir contra essa ditadura”, apelou. Ele garantiu que apresentará provas de sua inocência e que não tem “um centavo sequer” de dinheiro desviado.