Superfungo: Pernambuco registra o quarto caso de Candida auris em 2023

Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Pernambuco confirma o quarto caso de infecção pelo “superfungo” Candida auris. O paciente afetado é um homem de 63 anos, internado no Hospital Miguel Arraes (HMA), localizado em Paulista, na região metropolitana do Recife.

Após dar entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Miguel Arraes (HMA) devido a problemas ortopédicos, o paciente foi isolado de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Vale ressaltar que, neste mês, o HMA suspendeu novos atendimentos devido ao primeiro caso confirmado de Candida auris deste ano, registrado em 11 de maio.
Descoberto pela primeira vez no Japão em 2009, o Candida auris é um fungo que se disseminou globalmente, atingindo todos os continentes. No Brasil, foi detectado em 2020. Este fungo é reconhecido pela comunidade científica como um fungo de maior resistência a medicamentos em comparação a outras variedades.
No período entre 2021 e 2022, o Recife enfrentou o maior surto de Candida auris já registrado no país, com o total de 48 casos notificados.
Normalmente, a presença do superfungo no corpo do paciente, conhecida como “colonização”, não apresenta sintomas clínicos. Nessa fase, não há manifestação visível da infecção.
No entanto, caso ocorra um ferimento na pele, uma lesão ou o uso de cateter no ambiente hospitalar, o superfungo pode adentrar o organismo, atingir a corrente sanguínea e desencadear uma infecção. Em situações mais graves, pode afetar órgãos vitais, como o coração e o cérebro. Em casos extremos, a infecção pode evoluir para uma sepse, uma condição de infecção generalizada com risco de vida.
Para prevenir a propagação do Candida auris, são adotadas as seguintes medidas preventivas:
- Rigorosa higiene das mãos, com o uso de água e sabão ou álcool em gel;
- Utilização correta de materiais de proteção, como luvas e aventais, especialmente ao lidar com pacientes infectados;
- Limpeza minuciosa e regular das áreas onde os pacientes infectados estão alojados, visando reduzir a disseminação do fungo.