Preços mundiais de alimentos caem acentuadamente em abril

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Os preços mundiais de alimentos caíram pelo terceiro mês consecutivo em abril, atingidos pelo impacto econômico e logístico da pandemia da covid-19, informou a agência de alimentos da Organização das Nações Unidas nesta quinta-feira (7).

O índice de preço dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, teve média de 165,5 pontos no mês passado, representando uma queda de 3,4%.

O índice de preços do açúcar atingiu a menor baixa em 13 anos, caindo 14,6% em relação a março, com a crise do novo coronavírus atingindo a demanda e oscilando o preço do petróleo, o que também reduziu a necessidade de cana de açúcar para produzir etanol, informou a FAO.

O índice de preços de óleo vegetal caiu 5,2%, atingido pela queda nos valores de óleo de palma, soja e colza, enquanto o índice de laticínios caiu 3,6%, com os preços da manteiga e do leite em pó registrando quedas de dois dígitos.

O índice da carne caiu 2,7%, com uma recuperação parcial da demanda de importação da China, que não conseguiu equilibrar uma queda nas importações em outros lugares. A FAO também informou que os principais países produtores sofreram gargalos logísticos, enquanto as quarentenas impostas em muitos países causaram uma queda acentuada nas vendas.

A pandemia está afetando os lados da demanda e da oferta de carne, já que o fechamento de restaurantes e a redução da renda das famílias levam a um menor consumo; e a escassez de mão de obra no lado do processamento está afetando os sistemas de produção na hora certa”, disse o economista sênior da FAO Upali Galketi Aratchilage.

Por outro lado, o índice de preços dos cereais caiu um pouco, pois os preços internacionais do trigo e do arroz aumentaram significativamente, enquanto os do milho diminuíram acentuadamente.

Os preços do arroz subiram 7,2% em relação a março, devido em grande parte às restrições temporárias à exportação do Vietnã, que foram posteriormente revogadas, afirmou a FAO. Os preços do trigo subiram 2,5% em meio a relatos de um rápido preenchimento da cota de exportação da Rússia.

Via: Agência Brasil.

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