Senadores defendem adiamento do Enem

Durante a sessão deliberativa remota desta sexta-feira (17), senadores defenderam a votação de dois projetos em trâmite na Casa que adiam as datas do calendário de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Os senadores argumentam que a interrupção das aulas presenciais na rede pública e privada de ensino em razão das medidas de prevenção do contágio do novo coronavírus e falta de acesso universal à internet que possibilite o estudo domiciliar são motivos importantes para o adiamento das provas.
A líder do PP no Senado, senadora Daniella Ribeiro (PB),autora de um dos projetos que mudam as datas das provas, lembrou que, de acordo com o calendário do MEC diz que o Senado precisa priorizar a votação desses projetos uma vez que professores e alunos não estão conseguindo desenvolver suas atividades regulares durante a pandemia.
“Eu queria fazer uma analogia com vocês: olhem a dificuldade que muitas vezes nós temos, inclusive, de não acertar fazer determinadas votações por via remota. Nós temos no nosso país 30% da população que não tem acesso à internet, 40% na zona rural. Como é que esses jovens, que já estão prejudicados porque não estão tendo aulas, vão poder fazer o Enem?”, questionou.
O Ministério da Educação (MEC) definiu em fevereiro que o exame será realizado nos dias 11 e 18 de outubro para realização das provas digitais, que serão aplicadas pela primeira vez nesse formato; e os dias 1º e 8 de novembro para aplicação das provas tradicionais (impressas). Hoje termina o prazo para inscrição dos estudantes que pedem a isenção da taxa de inscrição.