Ex-deputado Jovair Arantes é um dos alvos de operação da PF

Brasília - O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do processo de impeachment, faz a leitura do relatório final. A seu lado, o presidente da Comissão Especial, deputado Rogério Rosso (Valter Campanato/Agência Brasil)
Nesta quinta-feira (06), a Polícia Federal (PF) realizou a Operação Gaveteiro, com o objetivo de apurar o desvio de valores do então Ministério do Trabalho. O ex-deputado Jovair Arantes é um dos alvos da operação, que investiga a lavagem de dinheiro ocorrida por meio da contratação de uma empresa de tecnologia da informação localizada em Brasília e em mais cinco estados.
Iniciadas em razão de relatório da Controladoria Geral da União, as investigações apontam que a contratação da empresa foi apenas um pretexto utilizado pela organização criminosa que atuava no Ministério do Trabalho para desviar mais de R$ 50 milhões do órgão entre os anos de 2016 e 2018.
Em teoria, a contratação da empresa era justificada como uma aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados do Ministério do Trabalho e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.
Ações realizadas pela operação
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 41 mandados de busca e apreensão em Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Além disso, também foi determinado pela Justiça Federal o bloqueio de aproximadamente R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Ainda foram concedidas medidas cautelares proibindo que os investigados saiam do país.
Os envolvidos na investigação responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva. Somadas, as penas podem chegar a mais de 40 anos de prisão.