Comissão técnica é criada para estudar instalação de detectores de metal na Câmara de Goiânia.

Uma comissão técnica foi criada pela Diretoria de Tecnologia da Informação (TI) da Câmara Municipal de Goiânia, a pedido do presidente Romário Policarpo (PRD), para avaliar a instalação de detectores de metal em todos os acessos do prédio do Poder Legislativo. O objetivo é “impedir a entrada de pessoas portando armas de fogo e outros objetos perigosos e aumentar a segurança de vereadores, servidores e visitantes.”
Essa medida vem após um incidente em 5 de dezembro, quando o então procurador-geral da Câmara, Kowalsky Ribeiro, foi acusado pelo vereador Sargento Novandir (MDB) de ameaçar dois servidores com uma arma de fogo no estacionamento do prédio do Legislativo. Kowalsky foi exonerado do cargo três dias depois.
Segundo a Diretoria de TI, estudos preliminares indicam a necessidade de instalar cinco portais de detecção de metais e adquirir cinco detectores de mão, que serão utilizados na portaria principal e nos acessos pelo estacionamento, restaurante, Auditório Jaime Câmara e Departamento de Engenharia. A administração do Legislativo já está realizando uma pesquisa de custos para a aquisição, instalação, treinamento de pessoal e manutenção.
A comissão técnica, formada por servidores da TI, da Coordenação de Engenharia, da Diretoria de Segurança e Inteligência e da Diretoria do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt), irá realizar estudos técnicos, avaliar soluções disponíveis no mercado e fornecer diretrizes operacionais. Além disso, os servidores da comissão supervisionarão todas as etapas do processo de instalação das novas ferramentas, garantindo que a solução adotada esteja em conformidade com os requisitos institucionais e legais e com as boas práticas de segurança da informação e segurança física.
Em outro desenvolvimento, o vereador Vitor Hugo (PL) apresentou um projeto de lei para reconhecer, estimular e premiar condutas exemplares de pessoas residentes em Goiânia que contribuam voluntariamente para o bem coletivo. O projeto propõe um sistema público de pontuação, com base em critérios objetivos, que abrange ações como plantio de árvores, participação em mutirões e campanhas sociais, desempenho escolar, voluntariado e engajamento em atividades comunitárias.
“Em vez de punir conduta errada, nossa proposta quer recompensar o cidadão que adota conduta correta, aquele que reiteradamente faz o bem”, explica Vitor Hugo. A adesão ao programa será voluntária e gratuita, com participação aberta a pessoas de todas as idades. Os participantes acumularão pontos e poderão alcançar diferentes níveis de mérito cívico – Bronze, Prata, Ouro ou Diamante – com direito a certificados, menções públicas, descontos no IPTU, prêmios simbólicos e até viagens culturais, conforme o desempenho.
Para viabilizar a ideia, o texto do projeto autoriza contribuintes e empresas a destinarem até 3% dos tributos municipais (IPTU e ISS) ao financiamento da iniciativa, sem aumento de impostos. Os valores comporão o Fundo Municipal de Valorização Cívica, que será gerido com ampla transparência e sob fiscalização social.
“A ideia é que as empresas e pessoas físicas possam doar um percentual de seus impostos – e vai pagar menos imposto por isso – para que esse programa seja estabelecido. E de acordo com o ranking dos cidadãos, dentro de cada faixa etária que anualmente atingirem a maior pontuação, vão receber prêmios e também uma classificação que vai de bronze a diamante e, a cada nível, tenha premiações”, acrescenta Vitor Hugo.
“A proposta transforma o reconhecimento da boa conduta em política pública permanente, mostrando que ser um bom cidadão vale a pena e deve ser motivo de orgulho e de recompensa”, afirmou Vitor Hugo. O projeto tramitará por comissões da Câmara antes de ser votado em plenário.