Goiás amplia para 18 municípios certificados para exportação de melancia, melão e abóbora

Goiás conta agora com 18 municípios habilitados a exportar melancia, melão e abóbora, impulsionados por um rigoroso trabalho técnico da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). A certificação garante que as frutas produzidas no estado atendam aos padrões internacionais de segurança e qualidade, abrindo portas para mercados como Argentina, Paraguai e Uruguai, que possuem critérios fitossanitários exigentes.
A atuação da Agrodefesa na cadeia produtiva das cucurbitáceas – grupo que engloba melancia, melão e abóbora – vai além da fiscalização, começando antes mesmo do plantio. De acordo com o coordenador do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para cucurbitáceas da Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira, “Todo o processo tem início com a habilitação dos responsáveis técnicos que vão atuar no monitoramento da praga Anastrepha grandis, exigência para exportação desses frutos frescos. Esses profissionais coletam amostras em diversas etapas, desde 35 dias após o plantio até a colheita“.
Engenheiros agrônomos habilitados atuam em conjunto com fiscais estaduais agropecuários, que realizam análises visuais e cortes de frutos para identificar focos da Anastrepha grandis, a mosca-das-frutas que pode impedir a comercialização internacional dos produtos. Após a verificação, o fiscal emite a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), baseada no Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), lacrando a carga para que siga até a fronteira. “Só após essa verificação, o fiscal emite a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), com base no Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), documento emitido pelo responsável técnico pela lavoura e lacra a carga, que seguirá até a fronteira. A rastreabilidade é garantida até o destino final“, reforça Mário Sérgio.
Na fronteira, um auditor do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) inspeciona a carga, lacra novamente o carregamento e emite o Certificado Fitossanitário (CF) para a exportação, seguindo diretrizes internacionais da Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais (CIPV), supervisionada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Em fevereiro de 2024, Mundo Novo, na região norte do estado, foi incluído no Sistema de Mitigação de Risco, elevando o número de municípios goianos certificados para exportação desses produtos para 18. O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, enfatiza que essa conquista é resultado de um esforço coletivo: “O Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, tem um papel fundamental ao garantir que nossos produtos cheguem ao mercado externo com qualidade e segurança. O empenho dos fiscais e dos profissionais habilitados é decisivo para que tenhamos esse reconhecimento internacional”.
Ramos também destaca o impacto econômico da atuação da Agência: “Estamos falando de frutas com grande importância econômica para o Estado. A exportação amplia mercados e agrega valor à produção”. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiás foi o segundo maior produtor de melancia do Brasil em 2023, com 204,6 mil toneladas. Em 2024, o estado exportou 3.843 toneladas da fruta, movimentando US$ 270,1 mil em vendas externas, segundo o Agrostat do Mapa.
Finalizando, o presidente da Agrodefesa celebra: “Com a atuação cada vez mais técnica e integrada da Agrodefesa, os produtores goianos seguem conquistando novos mercados e consolidando Goiás como referência nacional e internacional na produção de frutas seguras, rastreáveis e de alta qualidade”.