Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia Inova com Cirurgia de Joelho Utilizando Realidade Aumentada

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Hospital de Aparecida é pioneiro no Centro-Oeste em cirurgia de joelho com realidade aumentada

O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), administrado em parceria entre a prefeitura e o Hospital Albert Einstein, realizou um feito inédito na saúde pública do Centro-Oeste: uma artroplastia total de joelho com o auxílio de óculos de realidade aumentada. A cirurgia, realizada em uma paciente de 52 anos diagnosticada com artrose, representa um marco na utilização de tecnologia avançada em tratamentos ortopédicos na região.

O HMAP se torna pioneiro ao incorporar essa ferramenta inovadora, que promove maior precisão cirúrgica, otimiza a recuperação dos pacientes e aprimora a capacitação de profissionais da saúde. O ortopedista Junichiro Sado, especialista em cirurgia do joelho no HMAP, explicou que a tecnologia possibilita uma personalização mais apurada da prótese e do procedimento. Segundo Sado, “o cirurgião insere três guias cirúrgicos em pontos estratégicos do joelho, e os óculos leem milimetricamente, por meio de um QR CODE, a distância entre eles. Dessa forma, é possível escolher a prótese que melhor se encaixa naquele paciente”.

Além de Sado, outros dois médicos participaram da cirurgia. Helder Rocha, também ortopedista do HMAP e especialista em cirurgia do joelho, ressaltou o potencial da tecnologia para reduzir custos. “O tempo da cirurgia é menor, além de exigir um número reduzido de instrumentais”, afirmou Rocha, destacando ainda os benefícios para o paciente, como a diminuição do risco de infecções e uma recuperação mais rápida.

Andrei Machado, coordenador de cirurgia ortopédica do HMAP, celebrou o avanço, descrevendo-o como “um marco importante para a saúde pública do estado de Goiás”. Ele enfatizou que a tecnologia utilizada no HMAP se diferencia de outras formas de realidade virtual ou mista, pois oferece informações em tempo real durante a cirurgia, dinamizando o processo. “Os óculos de realidade virtual ou mesmo mista exigem um planejamento prévio da cirurgia, e o médico só tem acesso às imagens no intraoperatório para visualizar os modelos previamente planejados. Com a realidade aumentada, é em tempo real, o que dinamiza o processo”, explicou Machado.

A tecnologia, já utilizada na Europa, Austrália e nos Estados Unidos, ainda não é amplamente difundida, demonstrando o pioneirismo do HMAP.

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