Deputado goiano critica projeto que propõe política de inclusão de pessoas trans

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A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás rejeitou, nesta quinta-feira (24), o projeto de lei nº 6988/23, que visava instituir a Política Estadual de Emprego e Renda para a População Trans. A proposta, de autoria do deputado Mauro Rubem (PT), foi alvo de críticas contundentes por parte do deputado Cairo Salim (PSD), que votou contra a matéria e se manifestou em tom polêmico durante a sessão.

“O meu respeito total à comunidade transexual e travesti, cada um faz o que quiser da sua vida. Agora, vir querer ter benefício nas costas dos outros porque fez uma escolha sexual? Me poupe! Vai pra fila igual todo mundo: a dona Maria, o seu Joaquim, o Zé da carroça. Preto, branco, rico, pobre, todo mundo igual”, declarou Salim, que ainda afirmou ser contrário a políticas que concedam tratamento diferenciado com base na identidade de gênero.

A proposta rejeitada buscava garantir cidadania, acesso ao trabalho, renda e qualificação profissional à população trans, promovendo a igualdade de oportunidades por meio de ações articuladas entre Estado e municípios. Para o relator, deputado Cristiano Galindo (Solidariedade), que apresentou parecer favorável, o projeto visava enfrentar uma exclusão histórica desse grupo do mercado de trabalho, muitas vezes forçado à informalidade e à prostituição.

Apesar disso, a proposta foi rejeitada com os votos contrários dos deputados Veter Martins (UB), Amauri Ribeiro (UB), André do Premium (Avante), Gugu Nader (Avante) e Cairo Salim (PSD). “Vai ganhar melhor salário quem tem competência. Vai ser empregado em primeiro lugar quem estudou mais. Vai passar em concurso quem tirou a maior nota. Não quem resolveu fazer outra coisa da vida”, concluiu Salim, ressaltando que tem integrantes da comunidade LGBTQIA+ em sua equipe, mas que trata todos de forma igualitária, “sem privilégios”.

O projeto agora está arquivado.

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