Estudo afirma que nove em cada dez casos de Covid-19 não são detectados no Brasil

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A Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical (London School of Hygiene and Tropical Medicine), publicou no domingo (22) um estudo que aponta um número muito maior de pessoas portando o covid-19 no Brasil, do que é realmente registrado.  Segundo o Brasil detecta, em média, 11% dos casos sintomáticos de Covid-19. Ou seja, apenas uma em cada dez pessoas que carregam o vírus foi registrada pelo governo.

Tomando como base os dados desta quarta (24), em que o Ministério da Saúde atualizou para 2.433 os casos confirmados no Brasil, pode-se estimar que há 22.118 casos sintomáticos de coronavírus, dos quais 19.685 não foram identificados.

A taxa de identificação ainda é maior do que a da Itália, que identifica cerca de 6%, porém é menor que a da Coreia do Sul que identifica em média 83% dos casos.

Diagnóstico no Brasil

A demora para confirmar que uma morte foi por coronavírus é um dos fatores que causam a subnotificação.A primeira morte por coronavírus no Brasil aconteceu antes que fosse confirmado que o paciente estava infectado. O homem morreu seis dias depois de manifestar os primeiros sintomas.

Outro são os casos assintomáticos, ou seja pessoas infectadas que não apresentam  sintomas. A pessoa não sabe que tem coronavírus, não irá ao hospital e não será testada.

Há ainda os casos em que os sintomas são leves.Caso tenha sintomas leves ou mesmo nenhum sintoma, o portador do vírus talvez continue circulando pelas ruas, podendo assim transmitir a doença para outras pessoas. Por isso que o isolamento social é considerado uma das estratégias mais efetivas para combater o coronavírus.

Para Antônio Augusto Moura da Silva, médico epidemiologista e professor da Universidade Federal do Maranhão, a taxa de identificação talvez seja até inferior a 10%.

“As pessoas estão morrendo nos hospitais e sem diagnósticos. Temos algumas mortes diagnosticadas como suspeitas, mas você não tem a confirmação do óbito”, disse.

O médico explica que a demora em chegar à conclusão sobre a causa da morte em casos suspeitos de infecção por coronavírus faz com que o número de casos identificados esteja atrasado em relação à realidade.

Fonte: Mais Goiás.

 

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